04.10 - Napoli
Pra um último dia em Nápolis, também meio encravado entre a saída do hotel e a entrada no barco, até que rendeu mais do que o esperado.
Ao contrário do imaginado, a tia do hotel permitiu deixarmos as mochilas lá no chão do corredor, em troca de uma boa avaliação no site do Booking.
Pela manhã visitamos o museu de anatomia da Faculdade de Medicina, bem parecido em espírito com o nosso na FMUSP, mas um pouco maior e menos amador. Em alguns dos jarros, fetinhos e esqueletinhos preparados em posições engraçadinhas, de mãos dadas, dando o dedo do meio... achei desnecessário, aviltante à dignidade humana, e sigo até agora tentando entender por que, uma vez que qualquer leitor deste blog não terá muita dificuldade para perceber que não sou assim um exemplar membro do taleban do bem e praticante regular do catecismo do politicamente correto.
Depois flanamos por porções da cidade que, se tivessem sido as iniciais, teriam valido a ela uma impressão inicial melhor do que a que deixou.
À tarde, free tour gastronômico de tema comida de rua napolitana. Em espanhol, porque é o que tinha no horário. Como, enfim, a menina tinha que pagar pelas amostras dos pratos que trazia pra gente, achei que seria escroto demais até para os parâmetros Aderbal fugir sem dar uma grana. Deixamos quinzão, provavelmente meu recorde, se descontado o episódio da grana que o cara de Xangai praticamente nos coagiu a pagar no ano passado.
Em seguida, mais setinho pra entrar na Galleria d'Itália, pra ver uma exposição do Andy Warhol, que no final se resumia a duas salinhas, com meia dúzia de obras, um estelionato. Eu já não havia entrado no museu do pintor em Pittsburgh, por ter achado muito caro. Desta vez, no lugar de pagar muito para ver um monte, paguei um tanto para ver quase nada.
Tinha também um Caravaggio na galeria. Grande merda.
Depois, pegar as mochilas, tomar metrô lotadão (mas as estações de metrô daqui são reputadas, com alguma razão, por sua beleza), e assistir uma meia horinha de um concerto gratuito com um trio de organista e trompistas no conservatório da cidade.
E agora, mais um navio. Já estou ficando macaco velho com a dinâmica de embarque e permanência nestes veículos. Desta vez, é outra companhia, e o banheiro parece decente até o momento.