28.09 - Olbia

O quarto do hotel é mais perfumoso do que a calcinha da Ana Paula Arósio. Ainda não me causou uma crise de cefaléia, mas o risco mora ali dobrando a esquina. O café da manhã é bem farto e bacana, até nem me custou tanto empurrar um excesso de comida pandú abaixo pra deixar pra almoçar só mais tardão.

Finalmente, antes da caminhada insana do dia, fomos conhecer um pouco mais a cidade, que mantém a impressão de mais moderna e bem-cuidadinha. E com um museu de gratuito, lamentavelmente arqueológico, e não anapaularósico, com aquele monte de quinquilharias desgastadas desenterradas de um chão de 20 séculos atrás, e uns pedaços podres de madeira. Valeu o quanto custou.

Em seguida, o de sempre: 16 km caminhando embaixo do sol fudido, em autoestradas sem acostamento e em trilhas de terra para chegar na praia lá lonjona. O caminho, mais horizontal do que os outros até aqui, até que instagramável em vários momentos.
Mas o mar de fato surpreendeu o bicho urbano dentro de mim. Água cristalina, em diversos tons de azul, peixinhos e até mesmo alguns peixões nadando ali do lado da gente. É minha terceira entrada no mar nesta viagem, e até já estou perdendo um pouco aquele fastio de ficar molhado, salgado, queimado, cheio de areia, e nojinhos correlatos...

E, melhor de tudo, de brinde.... peitinhos! Ou algo semelhante... Anexo à minha foto caso uma outra, controle, para que meu público bloguístico possa filosofar como há feiuras que nudez alguma consegue compensar, enquanto há belezas que vestimento algum consegue comprometer. Mas mulher pagando peitinhos é que nem pizza, mesmo quando é muito ruim é muito bom.

Por falar em pizza, desde aquela de Nápoles ando meio sem apetite para outras, não sei se porque no fundo não achei tão inesquecível, ou se porque comi o dobro do que teria sido uma refeição razoavelmente farta. O almoço hoje foi McFish, que, contados aqueles 15 minutos faz uns meses em que nosso McDonald's voltou a oferecer, já não é uma iguaria como croquetes, que tem que ir até a Holanda pra comer, ou femboys, que tem que ir à Tailândia pra fazer a mesma coisa, mas ainda é meio como show do Paul McCartney no Brasil, acontece com alguma frequência, mas não passa do anual.
A janta, comida de supermercado, foi zuppa gallurese, prato local meio indistinguível de uma boa lasanha de queijos, que já havia comido antes e apreciado, mas desta vez custou indignantes 9 euros uma bandeja de uns 500 gramas, enquanto a lasanha industrializada com o dobro do tamanho saía por já proibitivos 8.

 
Enquanto escrevo estas decepcionantes linhas, uma mosca presa no quarto cisma em ficar tentando pousar na minha cóclea. Vou lá tentar esmagar a infeliz na parede branquinha da tia.

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