20.09 - Dubrovnik


Chegamos tarde ontem em Dubrovnik, com hotel também razoavelmente longe da rodoviária e ainda mais da cidade velha, sei lá por que. Supermercado pobrezinho também, como em Split, me lembrou de uma de minhas viagens mais pré-históricas, antes da internet e muito antes da era de meus antiblogs, para alguns confins do Mercosul. Como era difícil entrar em um supermecado em Puerto Montt, que mais parecia uma vendinha de esquina, e não encontrar absolutamente nada interessante para ser jantado...

A cidade, patrimônio da humanidade constante naquela lista da Unesco e piriri pororó, e tido por muitos como uma das mais belas do planeta, de fato é bacaninha, mas também nada assim exasperante. Vale a visita, mas não vai despertar em ninguém a súbita iluminação da alma. A própria Split não faz feio em termos de cidade antiga fortificada, e Jerusalém, claro, continua sendo imbatível.

Na caminhada de hoje, um guia croata mas com inglês bastante suficiente, historiador, com o melhor conteúdo dos últimos tantos anos e muitas caminhadas... Mas chuuupa! Deu azar! Hoje era vez de fugir sem pagar, então não ganhou nem um trocadinho! A vida é assim, uma alternância, primeiro te comem e depois você dá!


À tarde, a tradicional subida no morrão lá em cima, esta com um percurso imenso, muitos e muitos lances de escada pra chegar no monte propriamente dito,
e depois uns caminhos pedregosos e pedregulhosos intermináveis pra subir e descer, com risco de entorse de tornozelo a cada passo. Depois almoçamos uma lasanha muito bem feita num restaurante pega-turista, e aqui tudo é pega-turista, que cobrou 17 euros, no limite do aceitável, pelo prato, mas 5 euros numa garrafinha de 290 ml de coca-cola.


Finalmente, pra terminar o dia, fomos a uma enseadinha sem areia e cheia de pedregulhos infernais na sola do pé da gente, que se passa por praia por aqui. Pela primeira vez em coisa de trinta anos entrei no mar. E aí a gente fica lá dentro, entrado, com aquela cara de bunda, sem saber bem o que fazer, torcendo pra acabar logo. Tem coisas que escapam à minha capacidade de compreensão ou envolvimento, como ir à praia, dançar ou receber fio-terra. Mas, enfim, num recorte mais amplo, que graça ou sentido tem a própria vida, afinal? E, nesta última, ainda por cima é bem raro pelo ter menininhas de bikini por perto.


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