11.09 - Tampere

Mais um daqueles dias enfiados na bunda do deslocamento, e precedido por uma noite curta e vagamente maldormida, preocupado com o deslocamento até Gatwick, sobre o qual eu obtinha informações confusas e desencontradas ao cotejar o Google Maps, o site da National Railways, e a maquininha de compra de bilhetes da estação de metrô, no que dizia respeito a frequências, horários de pico  e preços, que nos fariam ter que sair de madrugadão pra não pagar mais do que o dobro de um preço já não barato.
Também se aproximava a primeira prova de fogo da passagem de avião tarifa superproletário sarnento, que dava direito a carregar apenas uma bala soft no bolso como bagagem.

No final, sem maiores dificuldades tanto para chegar ao aeroporto quanto para embarcar no avião, nem deram muita bola pra mochila razoavelmente maior do que o estipulado. Segue sendo uma incógnita até agora quanto pagamos no metrô. Em Londres é possível pagar simplesmente encostando o cartão de crédito no sensor da catraca, sem necessidade de cartões próprios carregáveis ou bilhetinhos de papel. Ideia tão simples, por que não ocorreu a tantas outras cidades, não apenas SP?
Ainda assim a menor tarifa possível é £2,80, quase 20 reais pra ir de metrô até ali na esquina às 4 da manhã. Tenso, mano...
No avião, não se recebe aquilo pelo que não se paga. Nada de refeição, pacotinho de castanhas ou sequer um copo de água. Que contudo está à venda, assim como aqueles perfumes e maços de cigarro do carrinho que a aeromoça fica trazendo pra frente e pra trás. Fazemos qualquer negócio! Mas me pergunto quem compraria um perfume aleatório ali do carrinho do duty free? Já é de se perguntar quem compraria qualquer perfume, ponto, mas estes itens soltos à venda no avião parecem com dizer "temos aqui à venda um CD da Beyoncé", e torcer pra alguém se interessar por comprar.

Depois de passar por oficial de imigração e motoristas de ônibus bem mais antipáticos do que era minha distante e grata memória dos finlandeses, num dia gastronômico marcado por croissants meio caros e duros no café da manhã e no almoço, chegamos em Tampere, às tardias 18:30 horas. Com tempo só de dar uma flanada pela cidade, recobrar um teco de fé na simpatia finlandesa e começa a bater a cara em portas de restaurantes fechados, tudo fecha à 8 da noite. O jeito foi apelar pra comida de supermercado, que é bem decente.
Por aqui, meu chapéu não faz tanto sucesso assim. Alguns dão aquela olhada bem disfarçada e seguem andando, nenhuma manifestação mais efusiva até o momento.

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